Belo Horizonte

12/11/2018 |

 

A boa mistura de uma grande capital com o jeitinho de cidade do interior conquista rapidamente os visitantes que chegam a Belo Horizonte. Sentir-se em casa na capital de Minas Gerais é tarefa fácil, especialmente quando essa tarefa é acompanhada de um pão de queijo, um “cafezin” ou uma boa cerveja gelada nos milhares de botecos locais. Será necessário pouco tempo para entender a leveza com que os mineiros encaram a vida e rapidinho você já estará falando com aquele simpático e charmoso sotaque tão inconfundível. Bastará um final de semana de passeio pela Lagoa da Pampulha, nos museus da Praça da Liberdade ou experimentando alguns quitutes no Mercado Central para “Beagá” te conquistar.

À primeira vista, Belo Horizonte pode não estar na lista de prioridades de viagem. Porém a capital mineira é o lugar perfeito para quem busca roteiros rápidos e de baixo custo. Turistar em Belo Horizonte é fácil e muito barato. A cidade é daquelas que exigem apenas um mapinha na mão para ser percorrida. E o melhor é saber que grande parte das atrações é de graça, por isso, invista em um feriado prolongado para ir a BH.

A cidade conta com um rico circuito cultural gratuito, que inclui os Museus da Praça da Liberdade e o maravilhoso Conjunto Arquitetônico da Pampulha, recentemente declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Impossível resistir à beleza da Igrejinha de São Francisco e às curvas da Casa de Baile, especialmente ao pôr do sol. E se você tiver um pouquinho de tempo a mais por lá, ainda poderá ir ao inacreditável Instituto Inhotim, um dos mais belos museus de arte contemporânea do mundo. Aproveite os dias na cidade também para entender que o nome Belo Horizonte vai muito além de uma simples nomenclatura. Os parques e mirantes da cidade oferecem sempre belas paisagens, com entardeceres dignos de serem atrações turísticas, como o Mirante do Mangabeiras.

Sabemos que Belo Horizonte é repleta de boas atrações, mas uma característica em especial é sempre lembrada pelos moradores como sendo o ponto forte da cidade. Estamos falando dos botecos e restaurantes que fazem a vida dos mineiros ainda mais feliz. Eles costumam dizer que em BH as pessoas estão sempre bebendo para comer ou comendo para beber. A ordem não importa. O que importa mesmo é degustar e aproveitar o melhor de BH na mesa do bar.

Um pouco da história

Belo Horizonte não fazia parte das cidades históricas do ciclo do ouro e diamantes em Minas Gerais, nem das regiões cafeeiras. O antigo Arraial de Curral del Rei, até o século XIX, era apenas um de ponto de passagem para tropeiros e uma comunidade dedicada à pecuária e agricultura. Com a queda da monarquia, a Proclamação da República, o fim do ciclo do ouro e a falta de possibilidade de crescimento de Ouro Preto (até então capital, com nome de Vila Rica), surgiu a necessidade de trocar a sede da capital de Minas Gerais. O então Arraial de Curral del Rei foi escolhido pelo governador Afonso Pena para ser a nova capital mineira.

A cidade, planejada pelo engenheiro Aarão Reis para ter até 200 mil habitantes, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 na Praça da Liberdade sob nome de Cidade de Minas. Do antigo arraial, resta apenas uma pequena casa na região central de BH, onde hoje funciona o Museu Histórico Abílio Barreto. Quatro anos mais tarde, a cidade ganhou o nome de Belo Horizonte. Entre as décadas de 30 e 40, BH recebeu alguns de seus icônicos símbolos, alguns a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck. Foi nesse período que a capital mineira recebeu os trabalhos de Oscar Niemeyer, Burle Marx, Alfredo Ceschiatti e Candido Portinari. Hoje, a capital mineira abriga cerca de 2,5 milhões de moradores e ainda assim consegue manter o “jeitim” de interior que tanto conquista os forasteiros.