Segundo especialistas, a depressão será o principal problema de saúde do mundo até 2030. Os obstáculos para diagnosticar a doença são enormes, mesmo que essa condição seja recorrente e crescente. Mas, afinal, o que é depressão e como ela se manifesta?
A depressão é uma doença que afeta quase 12 milhões de pessoas no Brasil. Isso é 5,8% em relação ao total da população. Esse número é superior à média mundial (4,4%) e está abaixo apenas do líder de casos, os Estados Unidos (5,9%).
A depressão não tem uma causa única e atinge pessoas de todas as idade, classe social, profissão, raça ou gênero.
Segundo os especialistas, o que é depressão
Depressão é um transtorno biológico no qual uma pessoa perde o interesse ou prazer em relação a algo que tinha antes. A doença afeta diversas áreas da vida, como profissional, pessoal, social, amorosa, familiar, entre outras.
O diagnóstico é feito através de análises clínicas com bases nos sintomas, histórico familiar, gatilhos, comorbidades, entre outros pontos.
Sintomas da doença
Segundo os especialistas, a depressão é caracterizada por uma tristeza profunda e prolongada que faz com que o indivíduo perca o interesse em coisas que anteriormente eram prazeirosas.
A tristeza é o sintoma mais conhecido. No entanto, quem sofre com este mal, pode ter alterações no sono (dormir demais ou ter insônia); irritabilidade; fadiga; alterações no apetite e no peso; sentimento de inutilidade e culpa; problemas para pensar, se concentrar ou tomar decisões; aumento de movimentos sem propósito, como ficar balançando as mãos, os pés ou não conseguir ficar parado por muito tempo e, em casos graves, pensamentos suicidas.
O diagnóstico da depressão vai muito além de preencher ou não os critérios acima. Por mais grave e por mais comum que seja a doença, cerca de metade dos casos não é detectado pelo médico clínico e, muitas vezes, o tratamento não é adequado.
Quando falamos de depressão há variáveis que precisam ser levadas em consideração. Fatores biológicos, neuroquímicos, ambientais, genéticos, emocionais e transtornos mentais são alguns dos exemplos. Por isso, cabe a um profissional especializado investigar e identificar o problema de saúde de forma individual.
Muitas vezes é comum que o paciente deprimido possa outros problemas relacionados ao uso de drogas, transtornos de ansiedade, alimentar ou de personalidade. Por isso a avaliação do profissional é tão importante: na maioria das vezes, a depressão não vem sozinha.
Tipos de depressão
Os tipos mais comuns de depressão são: maior ou unipolar, pós-parto, bipolar e transtornos depressivos induzidos por outras substâncias ou medicamentos.
O transtorno depressivo maior ou depressão unipolar é o tipo mais conhecido pois se caracteriza pelos sintomas tradicionais da doença, como a tristeza, falta de interesse persistente, problemas de sono e apetite. Esse tipo é associado a fatores genéticos mas pode ser desencabado por eventos traumáticos, como a perda de um emprego, fim de um relacionamento, surgimento de uma doença ou luto.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, as mulheres têm maior probabilidade de sofrer de depressão que os homens. Alguns estudos apontam que um terço das mulheres passará por, pelo menos, um episódio de depressão durante a vida. E, a maior parte desses casos ocorre após o parto.
A depressão pós-parto surge com um quadro de tristeza, desespero e falta de esperança após o nascimento de um filho. Por isso, é importante ficar atento pois essa condição pode afetar o vínculo da mãe com o bebê.
Dentre as causas de depressão pós parto está a privação do sono, falta de apoio familiar, isolamento, alimentação inadequada, vício em drogas, falta de planejamento da gravidez, quadro de pressão anterior, histórico familiar e violência doméstica.
Caso você não esteja se sentindo mentalmente bem, busque ajuda especializada. Essa doença tem cura e, se não tratada, pode se transformar em um quadro ainda mais grave, como o transtorno de borderline.