O narguilé, um cachimbo de água bastante comum na cultura turca, árabe e indiana, difundiu-se em todo o mundo. O que poucos sabem é que esse hábito, popular principalmente entre os jovens, é mais prejudicial à saúde que o cigarro.
Esse aparelho, que parece com um vaso, funciona de maneira bem simples. Quando o usuário aspira o ar pela mangueira, força o ar aquecido pelo carvão em brasa a passar pelo tabaco, que vira fumaça. Essa fumaça é então resfriada pela água e vai direto para o pulmão do fumante. O fumo para narguilés é diferente do tabaco comum, pois além do tabaco contém melaço, frutas ou aromatizantes, deixando ele mais atraente. Há uma variedade bem grande de tipos de fumo para narguilés, com sabores de maçã, caramelo, flores e mel.
A falsa ideia de que esse tipo de fumo é menos prejudicial que o cigarro ajudou a populariza-lo. A Organização Mundial de Saúde emitiu um relatório informando que o narguilé tem tantos ou mais elementos tóxicos que o próprio cigarro. A combustão do carvão gera monóxido de carbono e metais pesados, responsáveis pelo surgimento de doenças do coração, bronquite, enfisema e até o câncer. Foi observada também a presença de nicotina, causadora de dependência.
Outro fato que merece atenção é o tempo de uso. Enquanto um cigarro comum é fumado em aproximadamente 5 minutos, cada rodada de narguilé leva de uma a duas horas, o equivalente ao consumo de 100 cigarros, considerando os elementos tóxicos.
Outro fator preocupante é o compartilhamento da piteira. Durante o uso há contato entre as salivas dos usuários, que se acumulam na borda. Através desse hábito muitas doenças podem ser transmitidas, como herpes, hepatite, tuberculose, H1N1 e a mononucleose.
