Edifícios em forma de xícara de porcelana, a montanha-russa mais alta do país e a possibilidade de visitar o “maior parque aquático do mundo” são apenas uma parte da nova aposta de Wang Jianlin, o homem mais rico da China.
O Wanda City, um complexo de mais de US$ 3 bilhões (R$ 10,5 bilhões), foi inaugurado esse ano no sudeste do país, para concorrer com a Disney.
As instalações incluem um parque temático de US$ 800 milhões dedicado à China, centros comerciais, cinemas interativos e um gigantesco aquário.
Nas palavras do próprio Wang, a iniciativa é contraponto às importações da cultura ocidental e uma tentativa de estabelecer uma marca global baseada na cultura chinesa.
Símbolo global
Maior proprietária de imóveis do país, a empresa de Wang também tem investido muito dinheiro na indústria cinematográfica.
E, ainda que o empresário não tenha mencionado a palavra Disney na cerimônia de inauguração do complexo, sua companhia tem indicado que um de seus objetivos é afugentar a empresa americana do mercado chinês e se transformar em um símbolo de entretenimento reconhecido ao redor do mundo.
“Queremos ser um modelo de empresa privada chinesa e estabelecer uma marca global para companhias do país”, disse Wang.
Depois do complexo de Nanchang, Wanda planeja abrir cerca de 15 parques no país antes de 2020.
A Disney, porém, não quer ficar para trás. O novo parque que abrirá em Xangai, avaliado em US$ 5 bilhões, será seu sexto parque temático e o quarto fora dos Estados Unidos – os outros ficam em Paris, Tóquio e Hong Kong.
Em 2011, após uma década de negociações, teve início a construção da primeira Disneylândia na China continental. Analistas esperam que seja mais bem-sucedido que o parque de Hong Kong, aberto em 2005.