Joinville

08/06/2018 |

 

Jardins floridos colorem a cidade, repleta de construções em estilo enxaimel, a arquitetura típica da Alemanha. A herança dos imigrantes é forte também na gastronomia, com delícias que vão dos fartos cafés coloniais às refeições à base de embutidos, saladas de batatas, chucrute, carne de porco… Apesar de ser a cidade mais populosa e moderna de Santa Catarina, Joinville ainda preserva sua área rural, com seus costumes e tradições. Nos bairros da Estrada Bonita e do Piraí, emoldurados pela mata Atlântica, as propriedades oferecem passeios de trator, visita a alambiques, banhos de cachoeira e venda de produtos coloniais, como cucas, biscoitos, geléias, queijos e defumados.

O sotaque do Velho Mundo continua nas alamedas e nos museus, como o da Imigração e Colonização, com mobílias do século 19; o da Bicicleta, que reúne mais de 16 mil peças; e o do Ferro de Passar, com modelos de várias gerações.

Um dos maiores orgulhos de Joinville é a escola do balé Bolshoi – a cidade é a única localidade fora da Rússia a contar com uma base da instituição. A escolha não foi por acaso: há mais de 25 anos o município realiza o Festival Internacional de Dança, considerado o maior do mundo. Durante 11 dias do mês de julho, cerca de quatro mil bailarinos amadores e profissionais de diversos estilos e países se reúnem na cidade para uma maratona de apresentações, cursos e workshops. A platéia delira com os espetáculos no Centro de Eventos Cau Hansen e também com a programação paralela e gratuita que invade praças e shoppings.

Outro belo evento é a Festa das Flores, que acontece em novembro. O principal atrativo é a grande exposição de orquídeas raras – a espécie Laelia Purpurata é o símbolo de Joinville – e plantas ornamentais. O festival é incrementado ainda com apresentações de dança típica e teatro. Em qualquer época do ano, porém, a pedida é fazer um passeio de barco pela baía da Babitonga. O tour passa por diversas ilhas e faz parada na bucólica cidadezinha de São Francisco do Sul, emoldurada por sobrados coloniais. Para a alegria dos turistas e da tripulação, a viagem costuma ser escoltada por simpáticos golfinhos.